quinta-feira, 25 de outubro de 2012

EFEITO SANFONA


Ahhh, a estética...  O que dizer sobre esta área do conhecimento, que ganhou expressão nas academias de fundo de quintal. A estética é uma das áreas observadas no campo do conhecimento filosófico, e nos dias atuais ganhou extremo destaque na vida da nossa sociedade, que preza pela felicidade acima de tudo.

 

Ser feliz é estar esteticamente dentro do padrão recomendado por convenções sociais. Quais são estas convenções? Uma pessoa magra (quase esquelética), não muito bronzeada (dependendo da região do país), com vestimentas que seguem as tendências da entidade moda, etc. Porém, destas a que mais está nos programas de TV e na internet, com promessas milagrosas, é a convenção do peso. Todos devem estar dentro das medidas corretas para serem aceitos nos “melhores” círculos. Esta aceitação é algo muito séria para certas pessoas, pois chega a gerar depressão, em virtude do desenvolvimento do sentimento de inferioridade resultante do excesso de peso.

 

Claro que ter uma boa alimentação e estar nos índices corporais equilibrados é excelente para se ter uma boa saúde. Porém, não é a saúde que motiva a maioria das pessoas aos regimes, mas é a estética. Eu mesmo, certa vez consegui emagrecer 10 kg em um mês e meio. Foi fantástico, pois fiquei no peso ideal. Mas, o resultado não foi o esperado, porque estava mais feio do que já sou. “Mais cheinho era um pouco melhor”, eu pensei. Neste período de magreza, certa irmã da igreja sempre me interpelava: “Você está doente?”. Percebi, então, que o regime não resolvia tudo, o jeito é a plástica! (brincadeirinha).

 

Resultado: voltei a engordar. Os especialistas em estética corporal chamam isso de “efeito sanfona”. Aconteceu comigo e acontece com muitas pessoas. Mas, há outro tipo de “efeito sanfona” que acontece comigo e com muitos outros irmãos. Refiro-me aos picos e depressões que enfrentamos em nossas carreiras cristãs. Certos dias, estamos super espirituais, em outros, somos o pior dos pecadores. Assim como na estética corporal, na vida espiritual devemos diminuir o intervalo entre altos e baixos, para que a vida se torne cada vez mais constante com a do Senhor Jesus Cristo.

 

Penso que há duas formas de reduzir esta instabilidade em nossa vida cristã. Primeiro, lutando contra o pecado. Ele é quem nos leva aos “baixos” da vida. Quanto mais pecado, mais estaremos longe de Deus, e consequentemente vulneráveis às situações deste mundo. Uma coisa é vencer dificuldades com o Senhor ao seu lado, outra coisa é passar por problemas com uma vida cheia de pecado. Lembre-se das palavras do profeta Isaías: Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2).     

 

A outra forma de reduzir o “efeito sanfona” espiritual em sua vida é não enxergar a realidade através das emoções, mas pela Palavra de Deus. As emoções são constituintes do ser humano, e maravilhosas, não devemos sufocá-las; mas, quando não estão subordinadas a Cristo, são enganosas. Entender a vontade de Deus não é sentir algo, mas, é compreender pela Escritura revelada sua missão na terra, sua razão de existência, e, então, partir para a execução desta, mesmo com as barreiras dispostas adiante, tais como: falta de motivação, preguiça, ausência de tempo, sentimento de incapacidade, frustração com outros irmãos, soberba, apatia, depressão, etc.

 
Sei que não é fácil, mas quem disse que seria! Avante soldados! Lutemos contra o “efeito sanfona”.

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