domingo, 22 de julho de 2012

FOBIAS


A síndrome do pânico e a depressão são doenças relacionadas ao medo. É impressionante o volume de pessoas de todas as idades acometidas por estes males da pós-modernidade. Talvez o número de doentes seja enorme porque antes estas enfermidades não eram levadas a sério, ou não eram contabilizadas estatisticamente. O fato é que hoje representam um grande mal a nossa sociedade.

A depressão está mais ligada a uma tristeza profunda que se reflete na vida diária no desejo de nada querer fazer. É uma completa apatia que leva ao definhar de uma vida. A síndrome do pânico parece ser um medo desmedido de coisas e situações pueris, que em outro contexto não causariam sequer um abalo. Estas doenças psicológicas possuem suas causas biológicas, físicas, sociais e psíquicas, porém, também podem ser desencadeadas (exclusivamente ou junto a outras causas) por fatores espirituais. Fatores estes ligados a certos pecados como o egoísmo, a cobiça, a inveja e outros, relacionados ao bem estar individual e ao desprezo do próximo.

Estas fobias nos causam medo e temor diante da vida estressante que cultivamos desde criança. Isto nos preocupa e nos leva ao médico. Porém, será que temos dado a mesma importância ao nosso relacionamento com Deus? Talvez você pergunte: “O que tem a ver uma coisa com a outra?” Paulo, o apóstolo, ensinou a obediência aos crentes de Filipos com as seguintes palavras: Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12).

A relação lógica é a seguinte: Se nos importamos com o temor e o medo destas doenças psicológicas que nos circundam, e com outros males também, por causa de suas consequências, porque não nos importamos em obedecer a Deus com todo o “medo” dos resultados de desprezar Sua Palavra?

Escolhemos a palavra “fobia” para nos referirmos a estas doenças psicológicas porque ela é o termo grego para o vocábulo “temor” no versículo supracitado. “Temor”, porém, é uma palavra que pode mascarar esta postura diante do Senhor. Uma que melhor elucida nosso comportamento de obediência diante de Deus é o “medo”.

Entendemos, então, que devemos chegar diante do Senhor em obediência, na nossa vida prática e diária, com todo o “medo” como que tremendo diante da poderosa mão de Deus. Estas expressões refletem a seriedade e a importância que devemos dispensar diariamente ao nosso relacionamento com Deus.

Ter este “medo” não é o mesmo que ficar assustado diante de estórias de terror ou mitos de assombração. Mas, é uma posição de respeito diante de uma condição de obediência. Sendo pecadores devemos obedecer ao Senhor, não de qualquer forma, mas com todo o “medo”, pois o Senhor é justo e digno.

Tendo isto em mente, é assim que você lê sua Bíblia todo o dia? Você ora desta forma? Você se comporta assim no culto público? Certamente esta é apenas uma faceta, das muitas, que compõe a complexa pessoalidade do Senhor nosso Deus, e que se repete em vários trechos da Bíblia (Sl 2.11; Sl 55.5; 2 Co 7.15). Não devemos esquecer, porém, que o Senhor, também, é infinito em misericórdia para nos fortalecer, a fim de que consigamos respeitá-lo com todo temor. Que o Senhor nos ajude!

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