A
síndrome do pânico e a depressão são doenças relacionadas ao medo. É
impressionante o volume de pessoas de todas as idades acometidas por estes
males da pós-modernidade. Talvez o número de doentes seja enorme porque antes
estas enfermidades não eram levadas a sério, ou não eram contabilizadas
estatisticamente. O fato é que hoje representam um grande mal a nossa
sociedade.
A
depressão está mais ligada a uma tristeza profunda que se reflete na vida
diária no desejo de nada querer fazer. É uma completa apatia que leva ao
definhar de uma vida. A síndrome do pânico parece ser um medo desmedido de
coisas e situações pueris, que em outro contexto não causariam sequer um abalo.
Estas doenças psicológicas possuem suas causas biológicas, físicas, sociais e
psíquicas, porém, também podem ser desencadeadas (exclusivamente ou junto a
outras causas) por fatores espirituais. Fatores estes ligados a certos pecados
como o egoísmo, a cobiça, a inveja e outros, relacionados ao bem estar
individual e ao desprezo do próximo.
Estas
fobias nos causam medo e temor diante da vida estressante que cultivamos desde
criança. Isto nos preocupa e nos leva ao médico. Porém, será que temos dado a
mesma importância ao nosso relacionamento com Deus? Talvez você pergunte: “O
que tem a ver uma coisa com a outra?” Paulo, o apóstolo, ensinou a obediência
aos crentes de Filipos com as seguintes palavras: “Assim, pois, amados meus, como
sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha
ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12).
A relação lógica é a seguinte: Se nos importamos com o
temor e o medo destas doenças psicológicas que nos circundam, e com outros
males também, por causa de suas consequências, porque não nos importamos em
obedecer a Deus com todo o “medo” dos resultados de desprezar Sua Palavra?
Escolhemos a palavra “fobia” para nos referirmos a estas
doenças psicológicas porque ela é o termo grego para o vocábulo “temor” no
versículo supracitado. “Temor”, porém, é uma palavra que pode mascarar esta
postura diante do Senhor. Uma que melhor elucida nosso comportamento de
obediência diante de Deus é o “medo”.
Entendemos, então, que devemos chegar diante do Senhor em
obediência, na nossa vida prática e diária, com todo o “medo” como que tremendo
diante da poderosa mão de Deus. Estas expressões refletem a seriedade e a
importância que devemos dispensar diariamente ao nosso relacionamento com Deus.
Ter este “medo” não é o mesmo que ficar assustado diante
de estórias de terror ou mitos de assombração. Mas, é uma posição de respeito
diante de uma condição de obediência. Sendo pecadores devemos obedecer ao
Senhor, não de qualquer forma, mas com todo o “medo”, pois o Senhor é justo e
digno.
Parabens pelo texto. Louvado seja Deus.
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