Há
temas que nunca deixarão de ser tratados na humanidade, porque são muito
peculiares à condição humana. Um destes temas é o “amor”. Observamos o amor nos
livros e filmes, além deste estar constantemente em nossas conversas com amigos
e familiares. Amar é uma das características mais importantes do ser humano.
No
entanto, após a Queda do homem no pecado o amor mudou, porque foi corrompido e
perdeu sua pureza inicial. Por causa disso não se sabe ao certo o que é o amor
sem termos a Sagrada Escritura para nos orientar. O que se produz nas mídias
como amor é uma construção de um sentimento utópico, algo que na prática não
acontece, embora todos queiram que aconteça. O amor para a sociedade é um
sentimento extremamente bom, que se realiza na vida de alguém quando do
encontro com sua alma gêmea. É um amor humanista, para o homem e pelo homem.
Penso
que devido à massificação dos meios de comunicação e à própria natureza humana,
esta definição humanista de amor tomou de conta da igreja. Por isso, é comum
ver cristãos reagindo com insatisfação e até radicalmente de modo contrário às
posturas mais firmes da vida cristã.
Especificamente,
refiro-me ao seguinte ensino: “Nós vos ordenamos, irmãos, em
nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes” (2 Ts 3.6). Paulo, neste versículo,
estava lutando contra a acomodação de alguns daqueles irmãos na busca de
trabalho para seu próprio sustento, com a desculpa teológica de que logo Jesus
voltaria e por isso não era necessário trabalhar. Por isso, o apóstolo orienta
os irmãos a se afastarem deste.
Este era um ensino que se repete no Novo Testamento, e
que entendemos fazer parte das normas cristãs para a igreja, também, no século
XXI. O autor desta carta reforça o ensino no versículo seguinte: “pois vós
mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca
nos portamos desordenadamente entre vós” (2 Ts 3.7). O “andar desordenado” (2 Ts 3.11) se refere aquele que
não está vivendo nas normas da vida cristã. Neste texto específico é o irmão
indolente quanto ao trabalho, mas nos nossos dias pode ser qualquer irmão que está
em desacordo com o evangelho e seus princípios.
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