sábado, 7 de julho de 2012

E O AMOR?


Há temas que nunca deixarão de ser tratados na humanidade, porque são muito peculiares à condição humana. Um destes temas é o “amor”. Observamos o amor nos livros e filmes, além deste estar constantemente em nossas conversas com amigos e familiares. Amar é uma das características mais importantes do ser humano.

No entanto, após a Queda do homem no pecado o amor mudou, porque foi corrompido e perdeu sua pureza inicial. Por causa disso não se sabe ao certo o que é o amor sem termos a Sagrada Escritura para nos orientar. O que se produz nas mídias como amor é uma construção de um sentimento utópico, algo que na prática não acontece, embora todos queiram que aconteça. O amor para a sociedade é um sentimento extremamente bom, que se realiza na vida de alguém quando do encontro com sua alma gêmea. É um amor humanista, para o homem e pelo homem.

Penso que devido à massificação dos meios de comunicação e à própria natureza humana, esta definição humanista de amor tomou de conta da igreja. Por isso, é comum ver cristãos reagindo com insatisfação e até radicalmente de modo contrário às posturas mais firmes da vida cristã.

Especificamente, refiro-me ao seguinte ensino: “Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes” (2 Ts 3.6). Paulo, neste versículo, estava lutando contra a acomodação de alguns daqueles irmãos na busca de trabalho para seu próprio sustento, com a desculpa teológica de que logo Jesus voltaria e por isso não era necessário trabalhar. Por isso, o apóstolo orienta os irmãos a se afastarem deste.

Este era um ensino que se repete no Novo Testamento, e que entendemos fazer parte das normas cristãs para a igreja, também, no século XXI. O autor desta carta reforça o ensino no versículo seguinte: “pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós” (2 Ts 3.7). O “andar desordenado” (2 Ts 3.11) se refere aquele que não está vivendo nas normas da vida cristã. Neste texto específico é o irmão indolente quanto ao trabalho, mas nos nossos dias pode ser qualquer irmão que está em desacordo com o evangelho e seus princípios.

Mas, talvez você pergunte: “E o amor?” Apartar-se de um irmão que está em pecado é uma solução amorosa para restabelecê-lo a uma vida de ordem por obedecer à vontade de Deus? Parece não ser uma perspectiva amorosa, mas alguns só pensam assim por causa da influência do amor humanista. Amar não significa fazer tudo o que as pessoas julgam que é melhor para elas, mas amar é fazer tudo o que é melhor para elas segundo a Palavra de Deus. Esta atitude de apartar-se é o melhor para o irmão desordenado, e, por isso uma atitude de amor, por ser o último recurso para trazer este irmão à lucidez espiritual e consequentemente à obediência novamente. Se convivermos normalmente com este irmão desordenado, ele não vai sentir o peso do seu pecado e vai continuar nele. Neste sentido e sim uma atitude de amor, pois o objetivo não é desprezá-lo, como se nós fôssemos uma elite espiritual. Não. O objetivo é mostrar a ele que o amamos tanto que queremos o seu bem, e este bem é a Palavra de Deus em sua vida. Se isso lhe parece estranho ore e medite se o amor que está em você não está sendo humanizado. 

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