É
humano traçar um alvo e lutar para alcançá-lo. Todos nós traçamos alvos para
nossas vidas e buscamos atingi-los. Muitos são atingíveis, tais como uma
carreira profissional, uma casa própria, ou até mesmo uma família. Porém, na
vida cristã os alvos são meio que tangíveis, pois nunca conseguimos chegar a
executá-los de modo plenamente satisfatório.
Por
exemplo, a Escritura diz: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1). Temos
que imitar, “somente”, a Deus se quisermos ser filhos amados. Como se imita
Deus de modo que esta tarefa seja bem feita? Em outro momento o apóstolo Paulo
apresenta o motivo da edificação da igreja: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de
Cristo” (Ef 4.13). Já é difícil todos nós termos uma unidade da fé, ou seja, uma fé equilibrada como nos ensina a
Escritura; imagine termos o pleno
conhecimento do Filho de Deus e a medida da estatura espiritual de vida que
teve (tem) o Senhor Jesus Cristo! Estes são apenas alguns dos alvos que um
cristão tem para sua vida.
Alvos difíceis de alcançar! O próprio apóstolo Paulo
reconheceu não tê-los atingido: “Não que
eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fl
3.12). A palavra “perfeição” neste versículo deve ser entendida por
“maturidade”, um dos seus sentidos, como é característico de todo vocábulo. O
apóstolo ainda não havia obtido a maturidade plena, completa, mas prosseguia
para obtê-la. Ele sabia, e o demonstrou na escrita, que neste mundo não
conseguiria uma plena maturidade em sua vida de obediência; mas, apesar disso
estava prosseguindo para o alvo.
Nunca estaremos preparados nesta vida! Nunca! Sempre
estaremos aprendendo a obediência; sempre estaremos errando em nossa
desobediência para com Deus. Esta verdade nos leva a algumas reflexões. Primeira,
devo aprender a nunca desistir de ser obediente. Segunda, não posso sucumbir à
tentação de me conformar com o pecado (Rm 12.1-2); mesmo que erre mil vezes,
outras mil vezes devo me levantar, pelo poder de Deus, para seguir em
obediência. Terceira, aprendemos a humildade no seio da igreja, pois ninguém é mais
espiritual ou mais cristão do que o outro, visto que todos pecamos e erramos
até nos princípios mais básicos da fé cristã. O mais importante na igreja não é
a idade, ou até mesmo a experiência, mas a Fé! Esta é a diferença entre um
crente e o outro no serviço do Senhor, pois o justo viverá pela fé (Rm 1.16). A
quarta reflexão é a perseverança; como sei que não vou chegar, aqui nesta
terra, a maturidade plena, focarei na obediência para a glória de Deus, até os
últimos dias da minha vida. Desta forma, minha fé será centrada na glória de
Deus e não no meu objetivo pessoal, a minha própria glória!
Nenhum comentário:
Postar um comentário