sábado, 26 de maio de 2012

ESTOU INDIGNADO!

Ficamos indignados com muitas coisas. Os buracos nas ruas da nossa cidade são um constante motivo de indignação, pois nos trazem prejuízos nos veículos, em nosso tempo, e consequentemente em nossa paciência! A indignação aumenta a partir da nossa raiva contra coisas erradas em nosso cotidiano. Por exemplo, o salário exorbitante dos políticos, dos quais muitos são claramente corruptos. A inaptidão das nossas leis para enquadrar os verdadeiros criminosos. Surge, então, uma avalanche de causas que despertam nossa raiva contra as estruturas político-sociais do nosso país, como a educação e a saúde pública, que deveriam ser exemplares à luz dos altos impostos que os cidadãos pagam. Impostos estes canalizados para uma minoria corrupta que dirige a nação. (Se não estava, agora, você ficou indignado)   

Além destas questões, há as minorias que sofrem de fome, pessoas que morrem na porta dos hospitais, e toda sorte de injustiças presentes em nossa sociedade. Você já se indignou com algumas destas coisas descritas acima? Já sentiu raiva extrema por causa destas realidades presentes em nossas vidas? Ou, foi vítima destas situações e, por isso, revoltou-se profundamente, no âmago da sua alma, contra o que você nem consegue arranhar?

Talvez você tenha se indignado pelos motivos descritos acima. Mas, você já se indignou por este motivo: Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade” (At 17.16). Quando o missionário viu a grande quantidade de ídolos na capital intelectual do mundo na época, ele se ‘indignou’. Este vocábulo tem o sentido de ‘ter raiva de algo’ ou até mesmo ‘ficar comovido com algo’. Você já se comoveu ao ponto de ter raiva do que as pessoas estão fazendo com suas vidas? O apóstolo, provavelmente, teve este misto de sentimentos e tomou uma atitude.

O Senhor Jesus Cristo, também, se expressou assim ao ver as multidões: “Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc 6.34). O Mestre viu a multidão perdida, rumo ao inferno, que não sabia o que fazer com suas vidas, e então ‘teve compaixão’. Esta levou o Senhor a uma atitude: ‘ensinar as Escrituras’.

Paulo também tomou uma atitude diante de sua revolta contra a idolatria de Atenas: “Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali” (At 17.17). A indignação do apóstolo contra o pecado daquela cidade o levou a pregar a Palavra de Deus a eles, por meio das estratégias possíveis. Como resultado alguns creram no Senhor Jesus Cristo e foram salvos (At 17.34).

Precisamos nos indignar contra os pecados, ter certa raiva deles, pois é por meio destes que as pessoas, e muitos dos nossos queridos, são condenados ao inferno. Para pregarmos a Palavra de Deus é preciso indignação e compaixão: indignação contra os pecados dos pecadores e compaixão da alma dos pecadores. Um missionário (e estou falando de você) primeiro precisa estar indignado contra seus próprios pecados para depois indignar-se contra os pecados da sociedade. Nossa indignação não é a deste mundo, como os exemplos apresentados acima, mas é a revolta santa contra nossos próprios pecados! Somente assim conseguiremos pregar o evangelho. Você o prega indignado contra o pecado? Não?! Então, é por isso que você não o prega.

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