Ficamos
indignados com muitas coisas. Os buracos nas ruas da nossa cidade são um
constante motivo de indignação, pois nos trazem prejuízos nos veículos, em
nosso tempo, e consequentemente em nossa paciência! A indignação aumenta a
partir da nossa raiva contra coisas erradas em nosso cotidiano. Por exemplo, o
salário exorbitante dos políticos, dos quais muitos são claramente corruptos. A
inaptidão das nossas leis para enquadrar os verdadeiros criminosos. Surge,
então, uma avalanche de causas que despertam nossa raiva contra as estruturas
político-sociais do nosso país, como a educação e a saúde pública, que deveriam
ser exemplares à luz dos altos impostos que os cidadãos pagam. Impostos estes
canalizados para uma minoria corrupta que dirige a nação. (Se não estava,
agora, você ficou indignado)
Além
destas questões, há as minorias que sofrem de fome, pessoas que morrem na porta
dos hospitais, e toda sorte de injustiças presentes em nossa sociedade. Você já
se indignou com algumas destas coisas descritas acima? Já sentiu raiva extrema
por causa destas realidades presentes em nossas vidas? Ou, foi vítima destas
situações e, por isso, revoltou-se profundamente, no âmago da sua alma, contra
o que você nem consegue arranhar?
Talvez
você tenha se indignado pelos motivos descritos acima. Mas, você já se indignou
por este motivo: “Enquanto Paulo os
esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante
na cidade” (At 17.16). Quando o missionário viu a grande quantidade de
ídolos na capital intelectual do mundo na época, ele se ‘indignou’. Este vocábulo tem o sentido de ‘ter raiva de algo’ ou
até mesmo ‘ficar comovido com algo’. Você já se comoveu ao ponto de ter raiva
do que as pessoas estão fazendo com suas vidas? O apóstolo, provavelmente, teve
este misto de sentimentos e tomou uma atitude.
O Senhor Jesus Cristo, também, se expressou assim ao ver
as multidões: “Ao desembarcar, viu Jesus
uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm
pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc 6.34). O Mestre viu a
multidão perdida, rumo ao inferno, que não sabia o que fazer com suas vidas, e
então ‘teve compaixão’. Esta levou o
Senhor a uma atitude: ‘ensinar as
Escrituras’.
Paulo também tomou uma atitude diante de sua revolta
contra a idolatria de Atenas: “Por isso,
dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça,
todos os dias, entre os que se encontravam ali” (At 17.17). A indignação do
apóstolo contra o pecado daquela cidade o levou a pregar a Palavra de Deus a
eles, por meio das estratégias possíveis. Como resultado alguns creram no
Senhor Jesus Cristo e foram salvos (At 17.34).
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