terça-feira, 16 de junho de 2009

LEVANDO AS MARCAS DE CRISTO

“Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus”.
(Gálatas 6:17)

“Mas os empenhos humanos, as liberdades do imperador e os sacrifícios aos deuses não conseguiram apagar o escândalo e silenciar os rumores de ter ordenado o incêndio de Roma (em 64 a.D.). Para livrar-se de suspeitas, Nero culpou e castigou, com supremos refinamentos da crueldade, uma casta de homens detestados por suas abominações e vulgarmente chamados cristãos... De início , pois, foram arrastados todos os que se confessavam cristãos; logo, uma multidão enorme convicta não de ser incendiária, mas acusada de ser o opróbrio do gênero humano”. (BETTENSON, 1983, p. 26-27)

Este foi o testemunho histórico de Tácito, historiador romano, acerca dos cristãos no período do imperador romano Nero, por volta do ano 64 a. D. Nesta época os cristãos já sofriam por causa de sua fé no Senhor Jesus Cristo. Já possuíam as marcas de Cristo.

“Recebi uma lista anônima com muitos nomes. Os que negaram ser cristãos, considerei-os merecedores de absolvição; de fato, sob minha pressão, devotaram-se aos deuses e reverenciaram com incenso e libações vossa imagem (imperador Trajano) colocada, para este propósito, ao lado das estátuas dos deuses, e, pormenor particular, amaldiçoaram a Cristo, coisa que um genuíno cristão jamais aceita fazer”. (BETTENSON, 1983, p. 28)

Plínio, o Jovem, escreveu este trecho em uma de suas cartas ao imperador Trajano, para tirar dúvidas sobre seu governo. Este foi governador da Bitínia e do Ponto, na Ásia menor, no ano de 112 a.D., onde perseguia os cristãos. Plínio nesta correspondência tinha o desejo de saber o que fazer para julgar os cristãos, e apresentou a Trajano seus mais recentes procedimentos.

Estes cristãos não tinham as marcas de Cristo em sua vida!

O apóstolo Paulo escreveu sua epístola aos gálatas para resolver um problema semelhante ao dos cristãos da Bitínia: levar as marcas de Cristo. Os gálatas foram os gentios evangelizados por Paulo em sua primeira viagem missionária, onde passou por Icônio, Listra e Derbe. Após chegar desta viagem contou as bênçãos aos irmãos acerca da conversão dos gentios. Falsos irmãos, fariseus que “haviam crido”, começaram a pregar “outro evangelho”: “Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” (At 15:1,5). E, infelizmente muitos da igreja creram neste outro evangelho.
A luta de Paulo na epístola é contra o “outro evangelho”, mostrando que seu evangelho, o que fora primeiramente pregado a eles, era o mesmo de Cristo e dos apóstolos. O próprio Pedro tornou-se repreensível, quando da chegada de judeus, vindos da parte de Tiago, deixou de andar com os gentios. Paulo o repreendeu duramente, como também o fez com os crentes da Galácia ao chamá-los de “insensatos!”. Para Paulo estes crentes estavam “enfeitiçados” por outra doutrina, e tinham que voltar às marcas de Cristo.
Nos capítulos 3, 4 e 5, o apóstolo apresenta os argumentos veterotestamentários para provar a justificação pela graça de Deus, e não por meio das obras da lei de Moisés. Afinal, Cristo veio para trazer liberdade ao seu povo, e não escravidão aos preceitos cerimoniais da lei. Então, no capítulo 6, explicita qual era o real motivo pelo qual os fariseus levavam os irmãos da Galácia a seguir a circuncisão: “Todos os que querem ostentar-se na carne, esses vos constrangem a vos circuncidardes, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo”. (v. 12)
O judaísmo marcava as características da sociedade judaica da época, com sua obediência às prescrições da lei: como a circuncisão. Quem não seguisse o judaísmo era marginalizado na sociedade judaica, por isso, a insistência dos fariseus ao pregar a circuncisão. Eles não queriam ser perseguidos por causa da cruz de Cristo, à semelhança dos cristãos da Bitínia.

Quando o apóstolo diz que não queria ser molestado, está expressando a seriedade de se fazer a obra de Cristo. Ele não queria que o progresso da obra fosse prejudicado por “irmãos” acomodados. Paulo trazia as marcas de Cristo das perseguições que sofrera durante sua vida de pregação do evangelho. Por isso, tinha autoridade para repreender os gálatas, e qualquer que se dissesse cristão e não quisesse sofrer por Cristo.
As marcas eram as cicatrizes das perseguições. Eram comparadas a “tatuagens religiosas” que marcavam os cristãos. Eram as medalhas do soldado cristão, que está pronto a sofrer por Cristo em qualquer situação, como fizeram nossos antepassados nas mãos de Nero e do mundo romano. Vivemos numa época em que os crentes não querem sofrer por Cristo. O século do comodismo em que, se na Tv aparecer um programa mais interessante, o culto é deixado de lado. Onde os crentes querem uma igreja que os sirva, e ninguém mais quer servir seu próximo ou pregar o evangelho. Com tudo isto, deixo a seguinte meditação: Você está levando na sua vida as medalhas de um soldado vitorioso? Você está disposto a sofrer por Cristo? Você leva as marcas de Cristo?

2 comentários:

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